A época joanina
1. Introdução:
A partir de 1808 não se pode mais falar que o Brasil é uma colônia. Com a chegada da família real e da Corte portuguesa à cidade do Rio de Janeiro neste ano, o Centro-Sul da América portuguesa passam a cumprir um papel de metrópole ante o resto do Império português. Pode-se dizer, então, que 1808 – quando acaba o colonialismo – é uma ruptura maior do que 1822 – ano da independência do Brasil em relação a Portugal.
2. A época do d. João VI no Brasil (1808-21):
. A saída da família real portuguesa da Europa: Em meio às guerras napoleônicas na Europa, em 1806 os franceses proíbem qualquer país da Europa continental de comerciar com a Inglaterra. Portugal não aceita essa imposição e sofre a invasão das tropas de Napoleão. A família real toma a decisão de fugir para o Brasil – sua mais rica colônia –, plano este já tramado desde fins do século XVIII. Junto com a família real, vem toda a corte portuguesa, em um total de aproximadamente 15 mil pessoas em 20 navios. A Inglaterra apóia essa medida e escolta a frota portuguesa, permanecendo como a maior aliada de Portugal.
. O fim do estatuto colonial: As primeiras medidas do Rei português no Brasil acabam com o caráter de colônia ao Brasil. Primeiramente, d. João abre os portos brasileiros para todas as ‘nações amigas’, o que representava naquele momento basicamente a Inglaterra e, em muito menor escala, os EUA. Neste mesmo ano – 1808 – a Coroa libera a criação de manufaturas no Brasil. Mais ainda, o Rei começará a formular um amplo aparato de Estado na cidade do Rio de Janeiro, o que dá a esta o caráter de metrópole.
. A preeminência inglesa: Na época joanina, devido em parte às condições de fuga da corte para o Brasil, há uma grande presença inglesa na política e, principalmente, na economia brasileira. Isso vai ficar patente quando, em 1810, d. João concede taxas preferenciais de importação aos produtos ingleses no Brasil, pagando estes menos taxas que produtos de outras potências e até do que os produtos portugueses. Há a presença de vários comerciantes ingleses nos portos brasileiros e seus hábitos e costumes também são adotados.
. A fundação de um aparato de Estado: D. João tem que recriar o Estado português no Brasil, agora não mais com a presença da nobreza e do clero portugueses apenas, mas também com comerciantes e fazendeiros brasileiros. Algumas das principais criações são: os ministérios e órgãos reais são recriados no Brasil e também órgãos militares, como a fábrica de pólvora; o Banco do Brasil, banco criado para financiar os gastos do Estado; um jardim botânico, laboratório para estudo e aclimatação de novas plantas; a Imprensa Régia, que dá origem aos primeiros jornais no Brasil; uma grande biblioteca pública, com a vinda de livros de Portugal, que dará origem à atual Biblioteca Nacional; a Academia de Belas Artes, onde lecionaram artistas estrangeiros que vieram nas expedições artísticas e científicas.
. A política externa joanina: Em represália à invasão francesa a Portugal em 1807, d. João VI toma a Guiana Francesa em 1809. Com a paz na Europa em 1815, a região é devolvida à França. Neste mesmo ano, o Brasil é elevado à categoria de Reino para que D. João pudesse negociar no Congresso de Viena como Rei. Mesmo com a paz na Europa, ele se decide por ficar no Brasil. Diante da independência das colônias latino-americanas e do desejo de Buenos Aires de criar uma grande República do Prata que uniria Argentina, Uruguai e Paraguai, D. João VI toma o Uruguai em 1816, que passa a ser a província da Cisplatina.
. A revolução pernambucana (1817): Se para o Centro-Sul do Brasil, a chegada da Corte tinha sido altamente positiva devido à ativação da economia da região e do fortalecimento do comércio de abastecimento para a cidade do Rio, no Norte e no Nordeste a situação pouco mudou. Pode-se dizer, inclusive, que estas regiões continuaram a ser colônia, mudando apenas a metrópole de Lisboa para o Rio de Janeiro. Assim, uma revolta anticolonial, anti-lusitana e separatista estoura em Recife, feita por senhores de engenho e população pobre da cidade. Os revoltosos destituem o governador, tomam o poder e declaram a República. A revolta se alastra para a Paraíba, Rio Grande do Norte e Alagoas. Um destacamento de Salvador reprime a revolta, fuzilando seus líderes.
. Revolução Liberal do Porto (1820): Desde o fim das guerras na Europa em 1815, um emissário inglês governava Portugal. Em 1820, explode uma revolução na cidade do Porto que logo se alastraria por todo Portugal. Os revolucionários expulsam o governador inglês e convocam uma Assembléia Constituinte – as Cortes –, afirmando que a Constituição deveria ser jurada por D. João e este deveria voltar para Portugal. Adere-se à revolução no Brasil, primeiramente em áreas periféricas, como Pará e Bahia, que derrubam seus governadores e declaram-se fiéis às Cortes e não ao Rio de Janeiro. Depois, na própria cidade do Rio de Janeiro há adesão. Tem início o processo de emancipação política do Brasil.
Fonte: Comunitário Vetor
Questões com gabarito sobre o Período Joanino
(UESPI) - Universidade Estadual do Piauí
Questão 1:
A chamada Revolução Liberal do Porto, de 1820, entre seus desdobramentos, contribuiu para a declaração da independência do Brasil, uma vez que:
A - entre as reivindicações do movimento, estava a volta de D. João VI a Portugal e a recondução do Brasil à condição de colônia.
B - o seu caráter liberal não aceitava o regime monárquico, pretendendo instituir o parlamentarismo no Brasil e em Portugal.
C - a abertura dos portos do Brasil, em 1808, e o Tratado de 1810 fortaleceram a economia portuguesa que passou, então, a exigir a presença da corte.
D - na organização das cortes gerais e na constituinte, a presença de deputados brasileiros não foi permitida. E - propiciou a formação dos partidos brasileiro e português, que, unidos, articularam o movimento de independência do Brasil.
(UFRR/RR) - Universidade Federal de Roraima
Questão 2:
Sobre a atuação de D. João VI no Brasil colônia é INCORRETO afirmar que:
A - Participou das expedições que demarcaram todas as novas fronteiras do norte e oeste do Brasil.
B - Promoveu a vinda de artistas e da Real Biblioteca.
C - Liberou as atividades manufatureiras da colônia.
D - Abriu os portos ao comércio exterior.
E - Incentivou as expedições científicas.
(CESUPA/PA) - Centro Universitário do Estado do Pará
Questão 3:
Na noite de 16 para 17 de outubro Batista Campos foi preso e remetido ao Rio de Janeiro. Três dias depois, a Junta de Governo informou a Greenfell que a prisão não comportava tantos presos e pediu que ele levasse parte dos presos para uma embarcação. Dia 21 foi removido um total de 256 prisioneiros para os porões de uma embarcação. Os prisioneiros eram soldados, milicianos, civis. Nenhum branco: tapuios, pardos, negros. São encerrados no porão com espaço de 30 palmos de comprido, 20 de largo e 12 de alto. As escotilhas são fechadas, deixando-se aberta apenas uma pequena fresta para a entrada de ar [...]. No dia 22 quando se correu a escotilha do navio, o que se viu foi um amontoado de corpos dilacerados.
(Adaptado de FREITAS, Décio. A miserável revolução das classes infames. Rio de Janeiro: Record, 2005.p., 58)
O trecho acima está relacionado a um fato constitutivo do tenso processo de incorporação do Pará ao nascente Império do Brasil, acontecido nos porões de uma embarcação que marcou profundamente o imaginário dos habitantes da província. O fato foi:
A - A Tragédia da Fragata Campista
B - A Tragédia da Corveta Defensora
C - A Tragédia do Brigue Palhaço
D - A Tragédia da Charrua Carioca
(UEMS)- Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul
Questão 4:
A Carta Régia de 1808 abria os portos do Brasil colônia às nações amigas. Sobre o acordo constante nessa carta, pode-se afirmar que ele trouxe acentuada
A - expansão ao lucrativo comércio triangular português.
B - dificultou a articulação da economia brasileira com o capitalismo liberal.
C - eliminou o mecanismo básico que assegurava à metrópole o monopólio de comércio.
D - atendeu interesses econômicos exclusivamente ingleses e flamengos.
E - acentuou a crise econômica e financeira provocada na Grã-Bretanha pelas práticas do Bloqueio Continental.
(IFMT) - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso
Questão 5:
Sem dúvida, Debret foi mais do que um pintor oficial da nobreza. Ele também atuou com muita competência na fundação da Academia Imperial de Belas-Artes do Rio de Janeiro, contribuindo como professor e cumprindo, desta forma, outro desejo do príncipe D. João VI.
Sobre a viagem de Debret no Brasil, é incorreto afirmar que:
A - a obra Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil demonstra importantes traços de sua própria identidade e personalidade, distanciando-se um pouco daquela ideia de apresentar "imagens fiéis" da escravidão negra no Brasil, e também sobre os "exóticos" momentos da monarquia portuguesa instalada no Rio de Janeiro a partir de 1808.
B - ele procurou demonstrar, com minuciosos detalhes e cuidados, a "formação" do Brasil, especialmente no sentido cultural do povo e da nação.
C - nas suas obras, o pintor-filósofo investiga a trama social que constitui o "corpo" deste país, que emerge de seu jugo colonial como uma promessa de grande futuro. Percebe as contradições e fragilidades que lhe são inerentes. Indica sua posição na escala que mede os graus de desenvolvimento e aponta os caminhos a trilhar na escalada da civilização.
D - Dom João queria “civilizar” o Brasil, promovendo as artes e a cultura popular. Nesse sentido, um dos principais empreendimentos foi a Missão Artística Austríaca, em 1856. São de Debret as pinturas mais conhecidas de São Paulo daquele tempo, da corte e seus personagens.
E - o cenário que antecedeu a vinda do pintor francês a terras brasileiras estava um tanto quanto conturbado. Não podemos nos esquecer de que Napoleão praticamente expulsou a Coroa portuguesa que, na ocasião, fugiu para o Brasil.
(UNIT/SE) - Universidade Tiradentes
Questão 6:
Leia o texto.
Em agosto de 1820, irrompeu em Portugal uma revolução liberal inspirada nas ideias ilustradas. Os revolucionários procuraram enfrentar um momento de profunda crise na vida portuguesa. (...) Essa revolução portuguesa tinha aspectos contraditórios para os brasileiros.
(Boris Fausto. História do Brasil. São Paulo: EDUSP/FDE, 1996).
Essa contradição, a que o texto se refere, pode ser explicada pelo fato de as lideranças desse movimento
A - contribuírem para a independência do Brasil, pois votaram um conjunto de leis abolindo o pacto colonial.
B - repudiarem o sistema monárquico, pois o considerava responsável pela opressão de portugueses e brasileiros.
C - pretenderem, mesmo sendo adeptos do liberalismo, fazer com que o Brasil voltasse a se subordinar a Portugal.
D - proclamarem a República portuguesa, fator decisivo que levou à ruptura dos laços entre a metrópole e o Brasil.
E - lutarem contra a burguesia mercantil por causa dos elevados tributos que ela cobrava do Brasil e de Portugal.
(UECE) - Universidade Estadual do Ceará
Questão 7:
"Tivemos nossas guerras de independência, só que não para realizá-la, mas, sim para sustentá-la”. Fonte: FRANCES, Daniel. História do Brasil. Fortaleza: Premius, 2004, p 187.
A partir da frase anterior, entende-se que a independência brasileira de 1822, representou:
A - Uma ruptura completa com a metrópole colonizadora e a vitória dos grupos defensores da República no Brasil.
B - Um ato político-administrativo, porém, na prática a continuidade da ordem econômica e social.
C - A ruptura da ordem econômica com a abolição da escravatura e o fim da estrutura do latifúndio.
D - A diminuição radical dos desníveis socioeconômicos herdados do período colonial.
(UFRGS) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Questão 8:
Os tratados de 1810 representaram o auge da primazia britânica sobre Portugal e suas colônias.
Considere as seguintes afirmações, referentes ao que foi estabelecido pelo Tratado de Comércio e Navegação.
I – Ele estimulou tarifas de importação privilegiadas para os comerciantes ingleses, que passaram a pagar a mesma tarifa que os comerciantes portugueses.
II – Ele assegurou a liberdade de consciência e de culto religioso aos ingleses residentes no Brasil, fato que desagradou a Igreja Católica.
III – Ele instituiu tribunais privativos para os súditos ingleses nos portos brasileiros, comandados por magistrados eleitos pelos ingleses.
Quais estão corretas?
A - Apenas I.
B - Apenas II.
C - Apenas I e III.
D - Apenas II e III.
E - I, II e III.
(UFPR) - Universidade Federal do Paraná
Questão 9:
A chegada da Família Real e da Corte Portuguesa ao Rio de Janeiro em 1808 introduziu grandes mudanças na sociedade brasileira. Os grandes proprietários rurais e negociantes aglutinaram-se ainda mais do que antes ao redor da Família Real. Isso permitiu que, no contexto da independência (1822), alguns fenômenos permanecessem. Tendo em vista esses processos, considere as seguintes afirmativas:
1. A escravidão foi mantida, sem que os poucos questionamentos a ela conseguissem prevalecer nem nos projetos de Independência, nem na elaboração de um projeto de Constituição em 1823, nem ainda na Constituição outorgada em 1824.
2. O fim do laço colonial formal com Portugal permitiu a intensificação da relação de dependência frente à Inglaterra.
3. A escravidão atingiu seu auge no Brasil imediatamente após a Independência, ao mesmo tempo em que as negociações internacionais pelo reconhecimento desta última levaram à tentativa de supressão do tráfico de escravos africanos em 1830.
4. O apoio inglês à manutenção da escravidão e do tráfico de escravos permitiu que o cativeiro permanecesse no Brasil até 1888.
Assinale a alternativa correta.
A - Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
B - Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras.
C - Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras.
D - Somente a afirmativa 2 é verdadeira.
E - Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.
(UMESP) Universidade Metodista de São Paulo
Questão 10:
Independência do Brasil do domínio português significou o rompimento com
A - a economia europeia, sustentada pela exploração econômica dos países periféricos.
B - o padrão da economia colonial, baseado na exportação de produtos primários.
C - a exploração do trabalho escravo e compulsório de índios e povos africanos.
D - o liberalismo econômico e a adoção da política metalista ou mercantilista.
E - o sistema de exclusivo metropolitano, orientado pela política mercantilista.
(EMESCAM/ES) - Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória
Questão 12:
“Depois do reconhecimento da Independência do Brasil pelos portugueses, veio o reconhecimento oficial da Inglaterra e dos demais países europeus. Entretanto, todo esse processo foi negociado de maneira que esses países obtivessem vantagens econômicas do Brasil”.
A partir do texto, identifique o interesse da Inglaterra no reconhecimento da Independência do Brasil.
I) Extinção do tráfico negreiro e, consequentemente, o fim da escravidão.
II) Preponderância no Comércio com os portos brasileiros, em razão da Revolução Industrial e da necessidade de garantir o controle do mercado consumidor.
III) Bons investimentos no Brasil, conservando vantagens comerciais como país preferencial nas relações anglo-brasileiras, desde a vinda da Família Real para o Brasil.
Está correto apenas o que se afirma em:
A - I e II.
B - I e III.
C - II e III.
D - I, II e III.
E - III
(UERJ) - Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Questão 13:
O impacto da vinda da Família Real portuguesa para o Brasil implicou alterações significativas para a cidade do Rio de Janeiro que se prolongaram durante todo o período conhecido como “joanino”. Essas alterações produziram uma nova dinâmica socioeconômica e redefiniram, em vários aspectos, a inserção da cidade no contexto internacional. Uma função urbana associada a essa nova inserção está indicada em:
A - crescente polo turístico em função da chegada da Missão Artística Francesa
B - expressivo núcleo comercial articulado à nascente rede ferroviária brasileira
C - principal porto brasileiro relacionado à importação legal de manufaturas britânicas
D - importante centro religioso decorrente da instalação do Tribunal da Santa Inquisição.
(UERN) - Universidade do Estado do Rio Grande do Norte
Questão 14:
O ano de 1808 guarda um significado profundo para a política e a economia daquelas partes do território americano que viriam a constituir o Estado brasileiro e para sua metrópole. Isso para não falar dos aspectos culturais e da incidência que a transferência da Corte para o Rio de Janeiro teve. O significado foi tão profundo, que o historiador paulista Caio Prado Jr. considerou aquela data histórica um marco do início de nossa “Revolução da Independência”, a qual se daria entre 1808 e 1831. (OLIVEIRA; RICUPERO, 2007, p. 197).
A “Revolução da Independência”, concebida por Caio Prado Jr., considera o ano de
A - 1808 como data inicial desse processo, por entender a Abertura dos Portos às Nações Amigas como marco zero do comércio internacional do Brasil.
B - 1810 como o momento inicial da revolução, devido ao Ato do Príncipe Regente, autorizando a Reforma Agrária, preconizada pelos irmãos Andradas, componentes de seu Gabinete.
C - 1815 como ponto máximo da organização política do novo governo, devido à institucionalização do Poder Moderador.
D - 1822 como a data de conclusão do processo de independência, devido à promulgação da Primeira Constituição do país.
(UFRR/RR) - Universidade Federal de Roraima
Questão 15:
Este ano [2008] comemoramos os duzentos anos da vinda da Família Real Portuguesa para o Brasil. Para muitos historiadores, o ano de 1808 marca o início de uma fase de mudanças nas relações entre Portugal e sua mais importante colônia, que culminariam com a Independência em 1822. Sobre do estabelecimento da Corte Portuguesa no Brasil, podemos afirmar que:
A - Foi liberada a produção de manufaturas no Brasil, o que possibilitou o crescimento do comércio com os países vizinhos latino-americanos.
B - Foi consequência da necessidade do governo Joanino de privilegiar os interesses dos grandes comerciantes franceses e ingleses.
C - A Abertura dos Portos Brasileiros rompeu com o monopólio comercial lusitano e fortaleceu os grandes proprietários brasileiros.
D - A forte presença inglesa no processo contribuiu bastante nas lutas que eram travadas contra a escravidão e o tráfico negreiro.
E - O ganho econômico não foi significativo frente às despesas decorrentes do deslocamento da Corte para o Rio de Janeiro.
(UEPA) - Universidade do Estado do Pará
Questão 16:
“O 7 de setembro de 1822, dia da Independência do Brasil, é a mais conhecida e celebrada data nacional. Está associada à proclamação feita, em 1822, pelo príncipe D. Pedro, às margens do riacho do Ipiranga, em S. Paulo, acontecimento que teria assinalado o rompimento definitivo dos laços coloniais e políticos com Portugal.”
(OLIVEIRA, Cecília Salles). 7 de setembro de 1822: Independência do Brasil. In BITENCOURT, Circe (Org). Dicionário de Datas da História do Brasil. S. Paulo: Contexto, 2007, p. 207.
Após a leitura do texto, é correto afirmar que o episódio acima descrito:
A - reiterou que a independência significava liberdade, pois o Brasil, a partir dessa data, rompia relações de colônia com Portugal, e estabelecia bases concretas de um estado independente, não só no aspecto político, mas principalmente econômico.
B - ganhou grande importância a partir do II Reinado, quando Pedro Alcântara, ao ser aclamado imperador, instituiu essa data como oficial da Independência e nomeou Theodoro Braga para pintar a tela intitulada “O Grito do Ipiranga”.
C - foi um dos momentos históricos mais importantes, dentro de um prolongado processo de lutas políticas, que resultou na construção da nação brasileira, na primeira metade do século XIX.
D - após a proclamação da república, nos primeiros anos do século XX, o 7 de Setembro foi retirado das grandes festividades nacionais, porque a monarquia continuava a ser uma sombra ameaçadora ao novo regime.
E - teve uma repercussão imediata no país que se formava, havendo em todas as províncias o reconhecimento dos vários segmentos da sociedade ao novo regime e à autoridade de Pedro I
(UFPA) - Universidade Federal do Pará
Questão 17:
Entre os argumentos que mantinham o vínculo do Pará com as Cortes de Lisboa impedindo o reconhecimento da Independência do Brasil em 1822, pela província nortista, considera-se:
A - Os efetivos militares portugueses no Pará eram em maioria, o que impedia o reconhecimento da autoridade de Pedro I como Imperador do Brasil, pela Junta Governativa paraense.
B - O movimento dos “malvados índios, cafuzos e mulatos” da cidade de Muaná impediu que as tropas enviadas pelo Imperador do Brasil instalassem um governo legalista na cidade de Belém.
C - A violenta campanha feita pelo jornal Paraense que conclamava o povo paraense a não reconhecer a autoridade de D. Pedro I, como Imperador do Brasil, por ele ter usurpado o trono de D. Maria I.
D - As navegações eram mais rápidas e regulares para a Metrópole portuguesa do que para o Rio de Janeiro, além de que o comércio era feito em torno da praça de Lisboa, do Porto, ou diretamente para os portos ingleses, o que gerava muitos lucros.
E - O novo estado político do Brasil instalado no dia 7 de setembro de 1822 foi avaliado pelo Governo popular do Pará, como um retrocesso às modernas relações comerciais que a província nortista mantinha com a praça de Lisboa.
(IFTO) - Instituto Federal do Tocantins
Questão 18:
Leia o texto que se segue:
"Tenho procurado por todos os meios possíveis conservar a neutralidade de que até agora tem gozado os meus fiéis e amados vassalos e apesar de ter exaurido o meu Real Erário, e de todos os sacrifícios a que me tenho sujeitado, chegando ao excesso de fechar os portos dos meus reinos aos vassalos do meu antigo e leal aliado, o rei da Grã-Bretanha, expondo o comércio dos meus vassalos à total ruína, e a sofrer por este motivo grave prejuízo nos rendimentos de minha coroa. Vejo que pelo interior do meu reino marcham tropas do imperador dos franceses e rei da Itália, a quem eu me havia unido no continente, na persuasão de não ser mais inquietado [...] e querendo evitar as funestas consequências que se podem seguir de uma defesa, que seria mais nociva que proveitosa, servindo só de derramar sangue em prejuízo da humanidade, [...] tenho resolvido, em benefício dos mesmos meus vassalos, passar com a rainha minha senhora e mãe, e com toda a real família, para os estados da América, e estabelecer-me na Cidade do Rio de Janeiro até a paz geral."
Fragmento extraído em:
http://www.passeiweb.com/saiba_mais/fatos_historicos/brasil_america/vinda_da_familia_real.
O decreto acima foi proclamado em 26 de novembro de 1807 por Dom João, quando os portugueses já sentiam a angústia do abandono.
Em 2008 completaram-se 200 anos da vinda da família real para o Brasil. Com base neste evento, analise as alternativas abaixo e assinale a que está em desacordo com as medidas adotadas por D. João, após sua chegada ao Brasil:
A - Imediatamente aboliu-se a escravidão cumprindo as exigências de sua aliada (Inglaterra) para promover a formação de mercado consumidor.
B - Abertura dos portos às nações amigas – estipulada no Tratado de 1810, onde a Inglaterra foi a principal beneficiária.
C - Elevação do Brasil à categoria de Reino Unido aos de Portugal e Algarves – deixando o Brasil de ser colônia de Portugal, ganhando autonomia administrativa.
D - Criação do Ensino Superior no Brasil como fundação de duas escolas de medicina.
E - Criação da Academia de Belas-Artes e contratação de artistas e professores estrangeiros, que chegaram ao Brasil em 1816.
(UNIT/SE) - Universidade Tiradentes
Questão 19:
Em 1820, eclodiu na cidade do Porto, em Portugal, uma Revolução liberal liderada principalmente pela burguesia mercantil. Após essa Revolução foram convocadas as Cortes que elaboraram uma nova constituição para o país. Em relação ao Brasil, essas Cortes decidiram:
I. dar autonomia à colônia para que decidisse sobre questões de natureza política e econômica.
II. estabelecer a subordinação dos comandos militares radicados no Brasil ao governo português.
III. suprimir os tribunais e demais órgãos públicos criados no Brasil por determinação de Dom João VI.
IV. conceder ao Príncipe Regente a liberdade de decidir sobre as relações políticas entre Brasil e Portugal.
São corretas APENAS o que se apresenta em
A - I e II.
B - I e III.
C - II e III.
D - II e IV.
E - III e IV.
(UFCG/PB) - Universidade Federal de Campina Grande
Questão 20:
A estada de dom João no Rio de Janeiro viria a deflagrar duas ordens de transformações. A primeira, o reordenamento político-jurídico do país, e outra intrinsecamente ligada a ela: a dos resultados do encontro de duas configurações sociais distintas, a sociedade de corte portuguesa migrada com a família real e a sociedade fluminense que a recebeu.
(Adaptado de: MALERBA, Jurandir. A corte no exílio. São Paulo: Companhia das Letras, 2000, p. 21)
O encontro de “dois mundos”, resultante da Transferência da Corte Portuguesa para o Brasil, em 1808, possibilitou uma nova dinâmica territorial brasileira, favorecendo a construção de novas identidades e sensibilidades na colônia.
A partir da citação acima e dos seus conhecimentos sobre a temática, é certo afirmar que essas novas identidades de Brasil foram gestadas pela:
I - Mudança de costumes e da vinda de novos personagens estrangeiros, a exemplo de boticários, livreiros e relojoeiros que alteraram as práticas de consumo na Corte.
II - Criação do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, favorecendo o desenvolvimento dos saberes sobre a botânica e a busca por plantas possuidoras de propriedades medicinais.
III - Recepção de modas e práticas culturais por muitas famílias brasileiras, aderindo a estilos europeus de se vestir e de comportar.
IV - Reorganização político-jurídica, com a criação das Faculdades de Direito de Olinda e do Rio de Janeiro, em 1808, formando um amplo público consumidor de instrução básica e de boas maneiras.
V - Criação do Banco do Brasil, da Caixa Econômica e do Monte de Socorro da Corte, possibilitando o intercâmbio político e econômico com países da Europa e da Bacia do Prata.
Estão corretas:
A - I, II e V.
B - II, III e IV.
C - III, IV e V.
D - I, II e III.
E - II, III e V.
(UNIFAL/AL) - Faculdade Figueiredo Costa
Questão 21:
Em 1808, a família real e a corte portuguesa desembarcavam no Porto do Rio de Janeiro. Com a chegada da corte, o Rio de Janeiro tornava-se a sede de todo Império português. A respeito da vinda e da permanência da corte no Brasil, assinale a alternativa INCORRETA.
A - A vinda da corte para o Brasil relaciona-se ao Bloqueio Continental decretado por Napoleão Bonaparte, que visava isolar a Inglaterra do comercio internacional, e a invasão de Lisboa pelas tropas napoleônicas.
B - Chegando ao Brasil, o Príncipe Regente D. João determina à abertura dos portos brasileiros as nações amigas, pondo fim ao monopólio metropolitano no comércio com o Brasil.
C - Com a vinda da corte, a cidade do Rio de Janeiro viveu uma modernização. No comércio, surgiram lojas de artigos finos, livrarias, perfumarias, tabacarias, lojas de calcados, oficinas de costureiras, salões de barbeiros e cabeleireiros, entre outras.
D - Para assegurar o progresso material exigido pelos milhares de novos moradores, tornou-se necessário um número maior de carpinteiros, pedreiros, ferreiros e outros profissionais no Rio de Janeiro.
E - Embora o Rio de Janeiro tenha se modernizado, o restante do Brasil não foi influenciado pela vinda da corte e não sofreu transformações políticas, administrativas, econômicas e culturais.
(IFPI) - Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí
Questão 22:
O domínio lusitano sobre a América Portuguesa compreende oficialmente o período entre 1500 e 1822, quando o Brasil proclamou a sua independência.
A respeito do processo de emancipação política do Brasil, é correto afirmar:
A - Tanto a Conjuração Mineira quanto a Baiana são exemplos de movimentos emancipacionistas ocorridos no Brasil no século XVIII, mas divergiam quanto ao destino da escravidão, pois a primeira propunha sua manutenção e a segunda o seu fim.
B - Entre as lutas emancipacionistas destacam-se a Revolta de Vila Rica e a Conjuração Mineira, ambas ocorridas na região mineradora, como reflexo das lutas contra a exploração metropolitana.
C - A revolução do Porto, ocorrida em Portugal no ano de 1820, contribuiu para a independência do Brasil, pois apoiava o movimento emancipatório, como forma de atrair a Corte Portuguesa para a Europa, após a invasão napoleônica.
D - O processo emancipatório brasileiro foi um arranjo político que preservou a Monarquia como forma de governo e os privilégios dos grupos proprietários, embora tenha expulsado os portugueses e extinto o Partido Português de terras brasileiras.
E - A emancipação política do Brasil é considerada conservadora por ter mantido a Monarquia, a escravidão e o monopólio econômico de Portugal sobre a colônia.
(UTFPR/PR) Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Questão 23:
A transferência da Corte de D. João VI para a colônia portuguesa teve apoio do governo britânico, uma vez que:
A - Portugal negociou o domínio luso na Península Ibérica com a Inglaterra, em troca de proteção estratégica e bélica na longa viagem marítima ao Brasil.
B - Em meio à crescente Revolução Industrial, os negociantes ingleses precisavam expandir seus mercados rumo às Américas, já que o europeu era insuficiente.
C - O bloqueio continental imposto por Napoleão fechou o comércio inglês com o continente europeu; a instalação do governo luso no Brasil propiciou a retomada dos negócios luso-anglicanos.
D - O exército napoleônico invadiu Portugal visando a instituir o regime democrático republicano de paz e comércio, em franca oposição ao expansionismo da monarquia britânica.
E - Os ingleses pretendiam consolidar novos mercados na América Portuguesa, tendo em vistas antigas afinidades socioculturais com os ibéricos.
(UFES) - Universidade Federal do Espírito Santo
Questão 24:
A atuação de Napoleão Bonaparte na Europa teve desdobramentos diretos sobre o Brasil. Portugal posicionou-se contrariamente aos interesses franceses, ao desobedecer ao Bloqueio Continental. A resposta francesa à atuação política de Portugal foi a assinatura do Tratado de Fontainebleau com a Espanha. A respeito dos desdobramentos advindos das negociações entra França e Espanha, é CORRETO afirmar que D. João, rei de Portugal,
A - organizou forte resistência, assumindo a posição de Ministro da Guerra, para liderar, em Portugal, o combate aos exércitos da França e da Espanha.
B - assumiu uma posição vacilante que resultou no seu absoluto isolamento político na Europa, não lhe restando outra saída senão fugir, sem o apoio da Inglaterra, com sua Corte para o Brasil.
C - dispensou o apoio da Inglaterra por ocasião da transferência da Corte, ao fechar os portos lusitanos aos navios mercantes ou de guerra britânicos.
D - firmou com a França um acordo de paz por meio do qual concordava em deixar Portugal para transferir sua corte para o Brasil.
E - previu o enfrentamento com Napoleão, razão pela qual assinou com a Inglaterra um acordo secreto para preservar sua corte e conservar suas colônias.
(FMN/PE) - Faculdade Maurício de Nassau
Questão 25:
O processo de independência do Brasil e o de formação do Estado Nacional foram determinados por um conjunto de fatores que podem ser identificados corretamente em quais das afirmativas abaixo:
I. por uma série de “conjuras” que, em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco, assinalavam, antes de 1822, as contradições existentes na Colônia e que provocariam o fim do domínio lusitano;
II. pela percepção por parte de alguns grupos políticos de que, atendendo-se às reformas das Cortes Portuguesas, o Brasil estaria perdendo a autonomia e o livre-comércio aqui instalados, a partir da vinda da Família Real portuguesa;
III. pela luta entre os elementos defensores da descentralização político-administrativa e os que propugnavam a centralização, estes últimos derrotados a partir da Lei Interpretativa do Ato Adicional;
IV. pela organização da Guarda Nacional, fundamental para assegurar a participação popular na organização do Estado;
Estão corretas as afirmativas:
A - I, III e IV.
B - I, II e III.
C - I e II.
D - II, III e IV.
E - III e IV.
(UESPI) - Universidade Estadual do Piauí
Questão 26:
A vinda da família real (1808) para o Brasil, de acordo com algumas interpretações históricas:
A - se caracterizou como mais um evento social que, embora transtornasse a vida dos brasileiros, no Rio de Janeiro, não teve desdobramentos socioeconômicos, políticos ou culturais.
B - promoveu a montagem, por D. João VI, de um aparelho governativo no Brasil, pela transferência de órgãos administrativos, a abertura dos portos e a criação de indústrias.
C - causou a chamada “inversão brasileira”, que tornava Portugal reino unido do Brasil e submetido a uma junta controlada por um militar francês.
D - abalou as relações diplomáticas e comerciais entre Portugal e a Inglaterra, o que foi ocasionado pela abertura dos portos brasileiros às nações amigas.
E - foi decorrente da decisão do Congresso de Viena, segundo a qual os monarcas europeus, expulsos por Napoleão dos seus territórios, deveriam transferir-se para suas colônias.
(UFES) - Universidade Federal do Espírito Santo
Questão 27:
A atuação de Napoleão Bonaparte na Europa teve desdobramentos diretos sobre o Brasil. Portugal posicionou-se contrariamente aos interesses franceses, ao desobedecer ao Bloqueio Continental. A resposta francesa à atuação política de Portugal foi a assinatura do Tratado de Fontainebleau com a Espanha. A respeito dos desdobramentos advindos das negociações entra França e Espanha, é CORRETO afirmar que D. João, rei de Portugal,
A - organizou forte resistência, assumindo a posição de Ministro da Guerra, para liderar, em Portugal, o combate aos exércitos da França e da Espanha.
B - assumiu uma posição vacilante que resultou no seu absoluto isolamento político na Europa, não lhe restando outra saída senão fugir, sem o apoio da Inglaterra, com sua Corte para o Brasil.
C - dispensou o apoio da Inglaterra por ocasião da transferência da Corte, ao fechar os portos lusitanos aos navios mercantes ou de guerra britânicos.
D - firmou com a França um acordo de paz por meio do qual concordava em deixar Portugal para transferir sua corte para o Brasil.
E - previu o enfrentamento com Napoleão, razão pela qual assinou com a Inglaterra um acordo secreto para preservar sua corte e conservar suas colônias.
(UDESC) - Fundação Universidade do Estado de Santa Catarina
Questão 28:
O ano de 2008 assinala os duzentos anos da chegada da Família Real ao Brasil.
Sobre isso assinale a alternativa correta.
A - A monarquia que chegava ao Brasil representava, em realidade, boa parte dos ideais da Revolução Francesa e do liberalismo europeu naquele período.
B - As motivações da vinda da Família Real para o Brasil estão relacionadas mais à realidade europeia do período do que à ideia de desenvolvimento de um Brasil monárquico e posteriormente independente de Portugal.
C - Foi incentivada a manifestação pública de nossos problemas, seguindo as práticas liberais e laicas da monarquia portuguesa.
D - Chegando ao Brasil, o monarca trabalhou muito para a ampliação da cidadania.
E - A política de terras foi imediatamente implementada e, em 1810, o Brasil realizava sua primeira reforma agrária.
(UFRN/RN) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Questão 29:
Em 1808, a Corte portuguesa transferiu-se para o Brasil, alterando significativamente as relações, até então vigentes, entre a Colônia e a Metrópole.
Considerando-se as alterações ocorridas no período, é correto afirmar:
A - As oligarquias de todas as regiões se uniram em torno de D. João, amenizando efetivamente os conflitos existentes desde o início da colonização portuguesa.
B - A Família Real aumentou de forma abusiva os impostos sobre a propriedade privada da terra, com o intuito de estimular a produção em terras da Coroa.
C - o centro-sul tornou-se a principal área econômica do Brasil, e suas elites, em razão disso, desejam impor-se sobre as elites regionais.
D - Os portos brasileiros foram abertos para o comércio com as nações amigas, para estimular, sobretudo, o comércio com a França.
(UNEMAT/MT) - Universidade do Estado de Mato Grosso
Questão 30:
Este ano (2008) a mídia tem tratado, através de várias matérias, das motivações e das decorrências da chegada da família real portuguesa ao Brasil, que completa duzentos anos. Em relação a este importante acontecimento histórico, assinale a alternativa incorreta.
A - A transferência da sede da monarquia portuguesa para o Brasil mudou de modo significativo a fisionomia do Rio de Janeiro, com o incremento de sua vida cultural.
B - Entre outras importantes medidas de caráter econômico, D. João VI revogou os decretos que proibiam a produção de manufaturas no Brasil. C - Com a abertura dos portos, a França foi beneficiada, pois os seus produtos
manufaturados ficaram isentos de taxas de importação.
D - Se a abertura dos portos favoreceu aos exportadores de açúcar e algodão,
prejudicou os interesses de comerciantes instalados no Rio de Janeiro.
E - Com a vinda da família real portuguesa, além de artesãos qualificados, deslocaram-se para o Brasil, cientistas e viajantes estrangeiros.
(UFMT) - Universidade Federal de Mato Grosso
Questão 31:
Em 2008, será relembrada e comemorada uma data especialmente importante na história brasileira, os 200 anos da chegada da Família Real ao Brasil e a consequente transferência da capital do Reino para o Rio de Janeiro. A decisão de D. João VI de abandonar Portugal e vir para o Brasil deveu-se
A - ao expansionismo da Espanha que, sob o reinado de Felipe II, procurava restabelecer a União Ibérica.
B - à expansão francesa e à constituição do Império napoleônico, uma vez que Portugal havia se negado a apoiar o bloqueio continental contra a Inglaterra.
C - à tentativa das Cortes Portuguesas reunidas na cidade do Porto de estabelecerem uma monarquia constitucional em Portugal.
D - aos movimentos de independência que desde a Inconfidência Mineira haviam se multiplicado no Brasil. E - às riquezas do Brasil que permitiriam sustentar mais facilmente o luxo excessivo da corte portuguesa.
(UFES) - Universidade Federal do Espírito Santo
Questão 32: No Brasil colonial, noções de medicina e saúde eram estudadas em Colégios da Companhia de Jesus, onde também foram incorporados conhecimentos sobre utilização terapêutica de plantas nativas. Os jesuítas tornaram-se os verdadeiros enfermeiros e médicos da Colônia, somando-se a outros agentes de cura, como físicos, cirurgiões, barbeiros e boticários. Mas as primeiras escolas médicas foram, efetivamente, criadas no Brasil, pelo Príncipe Regente D. João. Foram elas:
A - Escola de Cirurgia da Bahia e Escola Anatômica, Cirúrgica e Médica do Rio de Janeiro, ambas em 1808.
B - Escola de Saúde Joana Angélica, na Bahia, e Escola de Enfermagem Ana Neri, no Rio de Janeiro, ambas em 1810.
C - Escola de Anatomia da Bahia e Escola de Belas Artes e Anatomia, no Rio de Janeiro, ambas em 1816.
D - Real Academia de Cirurgia da Bahia e Academia Real de Saúde, Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, ambas em 1821.
E - Escola de Farmácia de Ouro Preto e Escola Politécnica do Rio de Janeiro, ambas em 1870.
(EMESCAM/ES) - Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória
Questão 33: O interesse da Inglaterra com a vinda da Família Real Portuguesa para o Brasil, fato que ocorreu em 1808, foi:
A - Afastar Napoleão Bonaparte das possíveis conquistas que seriam feitas no continente americano, conforme acordo Portugal-França.
B - Conseguir na América compensações econômicas pelos prejuízos que estavam tendo na Europa, em razão do Bloqueio Continental, por Napoleão Bonaparte.
C - Dominar Portugal e conquistar colônias portuguesas e espanholas como forma de pressionar Napoleão Bonaparte a extinguir o Bloqueio Continental.
D - Impedir que Napoleão Bonaparte fosse coroado Imperador do Reino Unido-Portugal- França.
E - Fazer do Brasil uma base de conquistas das colônias francesas na América.
(EMESCAM/ES) - Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória
Questão 34: O interesse da Inglaterra com a vinda da Família Real Portuguesa para o Brasil, fato que ocorreu em 1808, foi:
A - Afastar Napoleão Bonaparte das possíveis conquistas que seriam feitas no continente americano, conforme acordo Portugal-França.
B - Conseguir na América compensações econômicas pelos prejuízos que estavam tendo na Europa, em razão do Bloqueio Continental, por Napoleão Bonaparte.
C - Dominar Portugal e conquistar colônias portuguesas e espanholas como forma de pressionar Napoleão Bonaparte a extinguir o Bloqueio Continental.
D - Impedir que Napoleão Bonaparte fosse coroado Imperador do Reino Unido-Portugal- França.
E - Fazer do Brasil uma base de conquistas das colônias francesas na América.
(ACAFE/SC) - Associação Catarinense das Fundações Educacionais
Questão 35:
Em 2008 completam duzentos anos da chegada da família real portuguesa ao Brasil.Sobre o motivo da transferência da corte para o Brasil e as mudanças ocasionadas no período joanino é correto afirmar, exceto:
A - D. João VI criou o Banco do Brasil. Ao retornar para Portugal, o monarca levou grande parte das riquezas do banco. Mesmo assim, a criação do banco foi importante para o início de um sistema financeiro para o Brasil.
B - Com a presença da corte, jornais de divulgação dos atos do rei e também de notícias foram produzidos. Isto contribuiu para o fortalecimento da Imprensa no Brasil.
C - Com o início da União Ibérica, a Espanha domina o comércio português com o Oriente. D. João vem à corte para evitar o domínio espanhol na América portuguesa. Essa foi a causa da transferência da família real para o Brasil.
D - Com o início da União Ibérica, a Espanha domina o comércio português com o Oriente. D. João vem à corte para evitar o domínio espanhol na América portuguesa. Essa foi a causa da transferência da família real para o Brasil.
(UERGS) - Universidade Estadual do Rio Grande do Sul
Questão 36: O ano de 2008 será marcado pelas comemorações dos 200 anos da chegada da família real portuguesa ao Brasil. Em 27 de novembro de 1807 D. João e a corte portuguesa abandonavam Portugal fugindo do exército de Napoleão Bonaparte que ameaçava invadir o país. Em 22 de janeiro de 1808, a corte portuguesa desembarcava em Salvador, na Bahia, primeira parada antes de seu destino final, a cidade do Rio de Janeiro.
A vinda da família real para o Brasil trouxe mudanças sociais, políticas, econômicas e culturais que marcariam de forma definitiva a vida da colônia. Dentre as medidas tomadas por D. João, destacam-se:
I – Abertura dos portos brasileiros liberando a importação de produtos vindos de países que mantivessem relações amigáveis com Portugal, medida que pôs fim ao pacto colonial.
II – A vinda da missão artística francesa que retratou paisagens e costumes brasileiros e cujo principal representante foi o pintor Jean-Baptiste Debret.
III – Convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte com o objetivo de elaborar a primeira Constituição brasileira.
IV – Fundação do Banco do Brasil, da Biblioteca Real e a criação da Imprensa Régia.
Quais estão corretas? A - Apenas I e II.
B - Apenas II e III.
C - Apenas I, II e III.
D - Apenas I, II e IV.
E - Apenas II, III e IV
(UFG/GO) - Universidade Federal de Goiás
Questão 37:
Leia os fragmentos a seguir.
Não corram tanto ou pensarão que estamos fugindo!
REVISTA DE HISTÓRIA DA BIBLIOTECA NACIONAL. Rio de Janeiro, ano 1, n. 1, jul. 2005, p. 24.
Preferindo abandonar a Europa, D. João procedeu com exato conhecimento de si mesmo. Sabendo-se incapaz de heroísmo, escolheu a solução pacífica de encabeçar o êxodo e procurar no morno torpor dos trópicos a tranquilidade ou o ócio para que nasceu.
MONTEIRO, Tobias. História do Império: a elaboração da Independência. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: EDUSP, 1981. p. 55. [Adaptado].
O embarque da família real para o Brasil, em 1807, deu origem a contraditórias narrativas. A frase acima, atribuída à rainha D. Maria I, tornou-se popular, passando a constituir uma versão narrativa ainda vigorosa. Nos anos de 1920, os estudos sobre a Independência refizeram o percurso do embarque, assegurando uma interpretação republicana sobre esse acontecimento, tal como exemplificado no trecho do jornalista e historiador Tobias Monteiro. Sobre essa versão narrativa em torno do embarque, pode-se dizer que pretendia:
A - conquistar a simpatia da Inglaterra, ressaltando a importância do apoio inglês no translado da corte portuguesa para o Brasil.
B - associar a figura do rei ao pragmatismo político, demonstrando que o deslocamento da corte era um ato de enfrentamento a Napoleão.
C - explicar o financiamento do ócio real por parte da colônia, comprovando que o embarque fora uma estratégia articulada pelo rei.
D - culpabilizar a rainha pela decisão do embarque, afirmando-lhe o estado de demência lamentado por seus súditos.
E - ridicularizar o ato do embarque, agregando à interpretação desse acontecimento os elementos de tragédia, comicidade e ironia.
(UFTM/MG) Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Questão 38:
Há quase 200 anos, a transferência da Corte portuguesa para o Brasil deu início a uma série de transformações, principalmente no Rio de Janeiro. Constituem exemplos de mudanças na economia, política e cultura, respectivamente,
A - a ruptura do Pacto Colonial, a transferência da capital do Vice-Reino para o Rio e a criação da primeira universidade no Brasil.
B - a introdução do cultivo de café, a supremacia do Rio como sede do Império Português e a publicação do primeiro jornal brasileiro.
C - o fim do monopólio comercial, a elevação do Brasil a Reino Unido e a influência de costumes estrangeiros no cotidiano do Rio.
D - o início da dependência à Inglaterra, o estabelecimento do Poder Moderador no governo e o apogeu do estilo barroco nas artes.
E - o alvará de proibição industrial, o fim do sistema de capitanias hereditárias e a fundação da Biblioteca Real na capital.
(PUC-RIO) - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
Questão 39:
Sobre as transformações político-sociais e econômicas ocorridas durante a permanência da Corte portuguesa no Brasil (1808-1821), estão corretas as afirmações abaixo, À EXCEÇÃO DE:
A - A vinda da família real para o Brasil transformou a colônia no principal centro das decisões políticas e econômicas do Império português.
B - A abertura dos portos favoreceu os interesses dos proprietários rurais produtores de açúcar e algodão, uma vez que se viram livres do monopólio comercial.
C - A permanência da Corte portuguesa no Rio de Janeiro satisfez os interesses dos diferentes grupos sociais da colônia e trouxe benefícios para todas as regiões do Brasil.
D - Durante o Período Joanino, organizaram-se novos órgãos e instituições, como o Banco do Brasil e a Casa da Moeda.
E - Dentre as medidas que mudaram o perfil político-econômico da colônia, destacaram-se os tratados de Aliança e Amizade e de Comércio e Navegação, que deram benefícios aos ingleses.
(UFF/RJ) - Universidade Federal Fluminense
Questão 40:
A transferência da Corte Portuguesa para o Brasil tem sido objeto de intensos e calorosos debates na historiografia luso-brasileira.
Dentre as novidades implantadas pela chegada da Corte de D. João, estão:
I) Maior controle sobre a concessão de sesmarias, via criação da Mesa do Desembargo do Paço do Rio de Janeiro.
II) Fundação do Banco do Brasil.
III) Criação da Companhia Geral de Comércio do Grão Pará e Maranhão.
IV) Criação da Intendência Geral da Polícia.
V) Institucionalização do Tribunal da Relação do Rio de Janeiro para julgar as querelas da Província.
Assinale a alternativa que reúne os elementos identificados com a transferência da Corte Portuguesa:
A - I e II, apenas
B - I,II e III, apenas
C - I,II e IV, apenas
D - III, IV e V, apenas
E - IV e, apenas
(UNIFESP/SP) - Universidade Federal de São Paulo
Questão 41: Encerrado o período colonial no Brasil, entre as várias instituições que a metrópole implantou no país, uma sobreviveu à Independência. Trata-se das: A - Províncias gerais.
B - Milícias rurais.
C - Guardas nacionais.
D - Câmaras municipais.
E - Cortes de justiça.
(FUVEST/SP) - Fundação Universitária para o Vestibular
Questão 42:
Em novembro de 1807, a família real portuguesa deixou Lisboa e, em março de 1808, chegou ao Rio de Janeiro. O acontecimento pode ser visto como:
A - incapacidade dos Bragança de resistirem à pressão da Espanha para impedir a anexação de Portugal.
B - ato desesperado do Príncipe Regente, pressionado pela rainha-mãe, Dona Maria I.
C - execução de um velho projeto de mudança do centro político do Império português, invocado em épocas de crise.
D - exigência diplomática apresentada por Napoleão Bonaparte, então primeiro cônsul da França.
(UEL/PR) - Universidade Estadual de Londrina
Questão 43:
A transferência da Corte de D. João VI para a colônia portuguesa teve apoio do governo britânico, uma vez que:
A - Portugal negociou o domínio luso na Península Ibérica com a Inglaterra, em troca de proteção estratégica e bélica na longa viagem marítima ao Brasil.
B - Em meio à crescente Revolução Industrial, os negociantes ingleses precisavam expandir seus mercados rumo às Américas, já que o europeu era insuficiente.
C - O bloqueio continental imposto por Napoleão fechou o comércio inglês com o continente europeu; a instalação do governo luso no Brasil propiciou a retomada dos negócios luso-anglicanos.
D - O exército napoleônico invadiu Portugal visando a instituir o regime democrático republicano de paz e comércio, em franca oposição ao expansionismo da monarquia britânica.
E - Os ingleses pretendiam consolidar novos mercados na América Portuguesa, tendo em vistas antigas afinidades socioculturais com os ibéricos.
(UECE) - Universidade Estadual do Ceará
Questão 44:
Uma das causas da Revolução Pernambucana em 1817, entre outras, foi a:
A - Primeira Guerra Mundial
B - Independência dos Estados Unidos
C - Confederação do Equador
D - Revolução Praieira
(UNIFOR/CE) - Universidade de Fortaleza
Questão 45:
A vinda da Corte para o Brasil marca a primeira ruptura definitiva do Antigo Sistema Colonial.
(Fernando A Novais. Portugal e Brasil na crise do Antigo Sistema Colonial. São Paulo: Hucitec, 1981. p. 298)
A ruptura a que o autor se refere estava intimamente relacionada, dentre outros fatores, à decisão da Coroa portuguesa de:
A - conceder liberdade para o estabelecimento de fábricas nas cidades brasileiras.
B - interromper o comércio de escravos praticado entre a colônia e a Inglaterra.
C - proibir o comércio de manufaturas feito entre a colônia e a burguesia inglesa.
D - romper os laços comerciais com a Inglaterra por exigência dos franceses.
E - abrir os portos brasileiros ao livre-comércio com as “nações amigas”.
(MACKENZIE/SP) - Universidade Presbiteriana Mackenzie
Questão 46: As três afirmações abaixo se referem ao contexto histórico do reconhecimento da Independência Brasileira, conquistada em 1822.
I. O reconhecimento por parte dos EUA, em 1824, obedeceu aos princípios da Doutrina Monroe, segundo os quais os norte-americanos deviam apoiar os movimentos de emancipação no continente e combater toda pretensão europeia de intervenção ou recolonização na América.
II. Para o reconhecimento formalizado em 1825, Portugal exigiu do Brasil uma compensação de dois milhões de libras e o compromisso de não se unir a nenhuma colônia portuguesa.
III. Uma importante condição imposta pela Inglaterra nas negociações com o Brasil foi à promessa de extinção de escravos africanos, condição que, embora gerasse discordância, acabou por ser plena e imediatamente aceita.
Assinale:
A - Se apenas I é correta.
B - Se apenas II é correta.
C - Se apenas III é correta.
D - Se apenas I e II são corretas.
E - Se I, II e III são corretas.
(UFMS) - Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
Questão 47:
A década de 1990 foi considerada muito profícua para o cinema brasileiro. Alguns dos filmes nela produzidos alcançaram grande sucesso em razão da qualidade estética, do enredo e da opção por temas de fácil compreensão pelo grande público. Em 1995, o longa-metragem Carlota Joaquina: princesa do Brasil, dirigido por Carla Camurati e estrelado por reconhecidos atores brasileiros como Marco Nanini, Marieta Severo e Ney Latorraca, entre outros, foi considerado uma “comédia histórica” de bom nível, embora tenha povocado muitos debates sobre a opção narrativa adotada. O filme ora referido tem como pano de fundo o seguinte episódio da história brasileira:
A - a chegada da esquadra portuguesa à costa brasileira, em 1500.
B - a chegada da Família Real portuguesa e da Corte ao Brasil, em 1808, além de aspectos do cotidiano da realeza.
C - a presença do Imperador Pedro I na Bahia e suas dificuldades na implantação do Império.
D - a partida de D. João IV, em direção a Portugal, em obediência a determinações das Cortes portuguesas.
E - a invasão dos territórios brasileiros, durante as guerras napoleônicas, pelo general Junot.
(UFMT) - Universidade Federal de Mato Grosso
Questão 48:
A emancipação política do Brasil deu-se no contexto de insatisfações portuguesas diante da atitude protelatória de D. João VI. A elevação do Brasil à condição de Reino Unido a Portugal e a Algarves, em 1815, provocou descontentamentos posteriores, até que a solução encontrada envolveu o retorno da Corte para Portugal em 1821. Sobre a temática, assinale a afirmativa correta:
A - D. Pedro I, na condição de Príncipe Regente, atendeu aos clamores populares e decidiu desobedecer à convocação das Cortes de Lisboa em manifestação pública, no Rio de Janeiro, no dia 9 de janeiro de 1822.
B - Os partidários da manutenção da Corte Portuguesa no Brasil eram favoráveis à abolição da escravidão, à reforma agrária e ao rompimento definitivo com a antiga metrópole.
C - A revolução do Porto, movimento de cunho liberal que eclodiu em 24 de agosto de 1820, tinha intenção de emancipar o Brasil, desmembrando o que ainda estava no império ultramarino português.
D - D. João VI retornou a Portugal em 1821, após ter se recusado a atender as manifestações populares que o pressionavam a jurar obediência à nova constituição portuguesa.
E - D. Pedro I, profundamente marcado por concepções liberais e democráticas, acatou as deliberações da Assembleia Constituinte de 1822.
(UPE) - Universidade de Pernambuco
Questão 49:
A crise do sistema colonial trouxe mudanças políticas importantes para a sociedade na América Latina. Com a proclamação da independência e a organização do Estado na década de 1820, no Brasil houve:
A - um crescimento econômico importante com a implantação de novas técnicas de produção na agricultura;
B - uma fragmentação política, dificultando o crescimento das cidades mais importantes e enfraquecendo a liderança do imperador;
C - a manutenção da escravidão, embora a Constituição de 1824 fosse amplamente liberal nos seus princípios políticos;
D - uma crise política, em 1829, com repercussões na economia, com a desvalorização da moeda e a falência do Banco do Brasil;
E - uma quantidade expressiva de rebeliões políticas, entre elas a Rebelião Praieira, com a defesa da democracia e o fim da monarquia.
(UFPR) - Universidade Federal do Paraná
Questão 50:
A respeito da Revolução Pernambucana de 1817, considere as seguintes afirmativas:
I. Foi marcada por forte sentimento antilusitano, resultante do aumento dos impostos e dos grandes privilégios concedidos aos comerciantes portugueses.
II. Não contou com o apoio de religiosos e militares, tendo apenas a adesão dos demais segmentos da população.
III. Foi uma revolta sangrenta que durou mais de dois meses e deixou profundas marcas no Nordeste, com os combates armados passando de Recife para o sertão, estendendo-se também a Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte.
IV. A revolta foi sufocada apenas dois anos depois por tropas aliadas, reunindo forças armadas portuguesas, francesas e inglesas.
V. Propunha a República, com igualdade de direitos e a tolerância religiosa, mas não previa a abolição da escravidão.
São verdadeiras apenas as afirmativas:
A - I, II e III.
B - I, IV e V.
C - I, III e V.
D - II, III e IV.
E - II, III e V.
(MACKENZIE/SP) - Universidade Presbiteriana Mackenzie
Questão 51:
De tudo trouxeram os ingleses desde as primeiras viagens: fazendas de algodão, lã e seda; peças de vestuário, alimentos, artigos de armarinho, móveis, vidros, cristais, louças, porcelanas, panelas de ferro, cutelaria, quinquilharias, carruagens, etc. O mercado brasileiro abria-se no momento em que a maioria dos outros mercados tradicionais estavam fechados para a Grã-Bretanha, de modo que os comerciantes ingleses logo exportaram quantidades enormes de mercadoria, acima da capacidade de absorção do mercado brasileiro. O desejo de solucionar esse problema (...) é responsável pelo aspecto que tomaram as exportações para o Brasil em 1808-1809.
Olga Pantaleão, A presença inglesa.
As referências presentes no trecho acima permitem relacioná-lo com a seguinte situação histórica:
A - o comércio que piratas ingleses realizavam com os índios, ao longo do litoral brasileiro, nas décadas que se seguiram à descoberta do Brasil;
B - a necessidade crescente de abastecimento da população das cidades mineiras, ao longo do período de auge da economia mineradora;
C - a ampliação das relações comerciais entre Inglaterra e Brasil, resultado imediato da assinatura do Alvará de Abertura dos Portos pelo regente D. João;
D - a carência brasileira de produtos industrializados, em decorrência da estagnação da produção nacional durante os anos da guerra contra o Paraguai;
E - o estreitamento das relações entre Inglaterra e Brasil, depois de este romper com a Coroa portuguesa, em virtude do impasse político criado pela Revolução do Porto.
(PUC-MG) - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
Questão 52:
Sobre o processo de independência do Brasil que se prolonga além do 7 de setembro, pode-se afirmar, exceto:
A - A Constituição liberal de 1824 garantiu o direito de propriedade, incluindo a permanência da escravidão;
B - A Revolução do Porto, de 1820, propunha o fim dos privilégios portugueses e a defesa da autonomia político-administrativa dos brasileiros;
C - A Confederação do Equador, levante urbano e popular ocorrido em Pernambuco em 1824, protestava contra a centralização do poder nas mãos do Imperador;
D - Os Estados Unidos foram o primeiro país a reconhecer, em 1824, a independência com base na Doutrina Monroe.
(UFRGS) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Questão 53:
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do texto abaixo, na ordem em que aparecem. Com a transferência da Corte portuguesa para o Brasil, uma das primeiras medidas tomadas por Dom João foi a: _________. Como resultado dessa medida, o Pacto Colonial foi na prática eliminado. No campo da política externa, as atenções do novo Império luso-brasileiro miraram os dois extremos da fronteira da América portuguesa, ou seja, a _________ e a _________, onde aconteceram intervenções militares. Durante o Período Joanino, houve ainda a abertura do Brasil ao olhar estrangeiro, que teve como decorrência a vinda de expedições científicas e artísticas ao país, entre as quais se destacou a _________. A - assinatura do Tratado de 1810 com a Inglaterra; Guiana Inglesa; Cisplatina; Missão Francesa
B - abertura dos portos às nações amigas; Guiana Inglesa; Cisplatina; Missão Holandesa
C - assinatura do Tratado de 1810 com a Inglaterra; Guiana Francesa; Argentina; Missão Inglesa
D - abertura dos portos às nações amigas; Guiana Francesa; Cisplatina; Missão Francesa
E - assinatura do Tratado de 1810 com a Inglaterra; Guiana Holandesa; Argentina; Missão Inglesa
(UEFS/BA) - Universidade Estadual de Feira de Santana
Questão 54:
Artigo 1 – As Ilhas Britânicas são declaradas em estado de Bloqueio.
Artigo 2 – Todo o comércio e toda a correspondência com as Ilhas Britânicas estão proibidos (...)
Artigo 7 – Nenhuma embarcação vinda diretamente da Inglaterra ou das colônias inglesas (...) será recebida em porto algum.
Artigos do Bloqueio Continental
(In: Silva & Bastos, p. 80.)
As determinações contidas no texto influíram na História do Brasil do início do século XIX, expressando-se através: A - do Tratado da União Ibérica.
B - da transferência da sede do governo colonial da Bahia para o Rio de Janeiro.
C - da Conjuração Mineira de 1789.
D - da transferência da Corte Portuguesa para a Colônia.
E - da Confederação do Equador.
(EMESCAM/ES) - Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória
Questão 55:
A transferência da Corte Portuguesa para o Brasil, seguida da Abertura dos Portos, em 1808, significou:
1. o fim do antigo regime colonial, em razão da transformação do Brasil numa nova metrópole;
2. a ruptura do Pacto Colonial, com a instauração do regime de livre-comércio no Brasil;
3. o início de um período de mudanças que levariam à emancipação política do Brasil.
Assinale:
A - se apenas a afirmativa 1 está correta;
B - se apenas as afirmativas 1 e 2 estão corretas;
C - se apenas as afirmativas 1 e 3 estão corretas;
D - se apenas as afirmativas 2 e 3 estão corretas;
E - se todas as afirmativas estão corretas.
(EMESCAM/ES) - Escola Superior de Ciências da Santa Casa de Misericórdia de Vitória
Questão 56:
Por volta de 1820, a burguesia portuguesa inicia uma revolução liberal. Controlando o poder, propõe-se a recuperar a economia do Reino e exige medidas imediatas como:
A - alianças com a Inglaterra e acordos para iniciar a industrialização;
B - aplicação de leis protecionistas para ampliação do mercado interno português;
C - coroar D. Pedro. Imperador de Portugal e adotar uma constituição liberal;
D - desligar-se da dependência inglesa;
E - regresso de D. João VI à Metrópole e recolonização do Brasil.
(FUVEST/SP) - Fundação Universitária para o Vestibular
Questão 57:
"... quando o Príncipe Regente português, D. João, chegou de malas e bagagens para residir no Brasil, houve um grande alvoroço na cidade do Rio de Janeiro. Afinal era a própria encarnação do rei [...] que aqui desembarcava.
D. João não precisou, porém, caminhar muito para alojar-se.
Logo em frente ao cais estava localizado o Palácio dos Vice-Reis."
(Lilia Schwarcz. As Barbas do Imperador.)
O significado da chegada de D. João ao Rio de Janeiro pode ser resumido como:
A - decorrência da loucura da rainha Dona Maria I, que não conseguia se impor no contexto político europeu;
B - fruto das derrotas militares sofridas pelos portugueses ante os exércitos britânicos e de Napoleão Bonaparte;
C - inversão da relação entre Metrópole e Colônia, já que a sede política do Império passava do centro para a periferia;
D - alteração da relação política entre monarcas e vice-reis, pois estes passaram a controlar o mando a partir das colônias;
E - imposição do comércio britânico, que precisava do deslocamento do eixo político para conseguir isenções alfandegárias.
(UFF/RJ) - Universidade Federal Fluminense
Questão 58:
Nas primeiras décadas do século XIX, ocorreu uma verdadeira “redescoberta do Brasil”, como identificou Mary Pratt, graças à ação de inúmeros Viajantes europeus, bem como às Missões Artísticas e Científicas que percorreram o território, colhendo diversas informações sobre o que aqui existia. Foram registrados os diversos grupos humanos encontrados, legando-nos um retrato de diversos tipos sociais. Rica e fundamental foi a descrição que fizeram da Natureza, revelando ao mundo diferenciadas flora e fauna. Entretanto, até o início dos oitocentos, os estrangeiros foram proibidos de percorrer as terras brasileiras, e eram quase sempre vistos como espiões e agentes de outros países.
O grande afluxo de artistas e cientistas estrangeiros ao Brasil está ligado:
A - à política joanina, no sentido de modernizar o Rio de Janeiro, inclusive com o projeto de criar uma escola de ciências, artes e ofícios;
B - à pressão exercida pela Inglaterra, para que o governo de D. João permitisse a entrada de cientistas e artistas no Brasil;
C - à transferência da capital do Império Português de Salvador para o Rio de Janeiro, modificando o eixo econômico da Colônia;
D - à reafirmação do pacto colonial, em função das proposições liberais da Revolução do Porto;
E - à política de vários países europeus, que buscavam ampliar o conhecimento geral sobre o mundo, na esteira do humanismo platônico.
(UFRRJ/RJ) - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Questão 59:
A citação abaixo destaca a chegada da corte portuguesa ao Rio de Janeiro, em 1808, como um início de uma fase de grandes mudanças para a cidade que perdia então a sua imagem colonial.
Para o Rio de Janeiro, principalmente, era toda uma fase de sua história que agora terminava. Fase de grandes transformações realizadas sob o impacto das necessidades de toda ordem despertadas pela chegada e instalação da Corte portuguesa. Em pouco mais de uma década, a cidade passara por um processo de modernização material e atualização cultural, perdendo muito de sua aparência colonial para transformar-se numa metrópole.
(FALCON, F. C.; MARROS, I. R. de. O processo de Independência no Rio de Janeiro. In: MOTA, C. G. (org). 1822. Dimensões. São Paulo: Perspectiva, 1972.)
Entre as medidas que favoreceram essas transformações podem ser assinaladas:
A - o início da construção do Paço Imperial, a sede do governo, a criação da Imprensa Régia e a instalação da iluminação a gás;
B - a construção da primeira estrada de ferro do Brasil, a criação do banco do Brasil e a fundação da Imperial Academia de Música;
C - o estabelecimento da Intendência Geral de Polícia, a fundação do Banco do Brasil e a criação da Imprensa Régia;
D - a criação da Imprensa Régia, a instalação da iluminação a gás e a construção da primeira estrada de ferro do Brasil;
E - a permissão de instalação de manufaturas no Brasil, o estabelecimento da Intendência geral de Polícia e a construção da primeira estrada de ferro do Brasil.
(UNIFOR/CE) - Universidade de Fortaleza
Questão 60:
Considere o texto que segue, sobre o processo de Independência do Brasil.
"Não se veja neste episódio, contudo uma simples parada, uma festa, pois o coroamento da luta pelo menos desde o século XVII, com o custo de milhares de vidas.
Se não houve aqui batalhas vistosas da guerra pela emancipação das colônias espanholas, houve muito protesto individual e organizado, nas tentativas de liberdade (...) Se as províncias do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo dirigiram o processo, houve a colaboração das demais. Em algumas, houve luta contra a ideia de ruptura com Portugal. Sobretudo nas províncias de alta população portuguesa, nas quais só se admitiu a independência após combates e conversações (...) Dom Pedro conseguiu subjulgá-las (...), em fins de 1823, todas as províncias formavam em torno do ex-regente, agora no trono".
(IGLESIAS, Francisco. Trajetória política do Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 1993. p. 115)
Conforme o texto, pode-se afirmar que:
A - a independência do Brasil foi um processo de lutas políticas e militares, ocorridas sobretudo nas províncias com predomínio de população portuguesa que resistiu à unificação do Brasil durante o governo de Dom Pedro I;
B - o processo de independência do Brasil não teve a violência típica dos processos similares das colônias espanholas, sendo caracterizado principalmente por uma articulação política entre as elites, sem o alcance de efetivos resultados políticos;
C - a independência não foi produto de uma guerra, como na América espanhola, pois Portugal pouco resistiu à independência do Brasil, uma vez que a Coroa se contentou com o fato de que um príncipe português seria o novo Imperador brasileiro;
D - o processo de independência, mesmo não sendo caracterizado por uma guerra generalizada e longa, não foi tão pacífico quanto se acredita, sendo marcado por uma série de protestos contra a dominação portuguesa, articulações políticas entre as províncias próximas da capital e lutas militares localizadas;
E - as províncias rebeldes citadas no texto, a partir de 1823, formavam em torno de Dom Pedro I uma aliança para impedir a hegemonia política das elites do Rio de Janeiro, de São Paulo e de Minas Gerais no governo do novo país independente.
(UFES) - Universidade Federal do Espírito Santo
Questão 61:
No início do século XIX, a transformação do Brasil em sede da monarquia portuguesa levou D. João IV a adotar medidas que mudaram o contexto socioeconômico da antiga colônia. Dentre essas medidas, podemos destacar:
I. a organização da maçonaria, constituída por grandes latifunfiários e comerciantes do Rio de Janeiro;
II. a criação do Banco do Brasil, da Casa da Moeda e do Jardim Botânico.
III. a convocação de uma Assembléia Constituinte, que estabeleceu a liberdade de comércio para os comerciantes nacionais;
IV. a criação da Faculdade de Medicina na Bahia, da Imprensa Régia, da Escola Nacional de Belas-Artes e da Biblioteca Pública no Rio de Janeiro;
V. a assinatura de tratados de comércio e navegação com a Inglaterra, os quais favoreciam a comercialização de produtos portugueses pelas baixas tarifas alfandegárias.
Assinale a opção que contém as afirmativas corretas:
A - I e II
B - I e V
C - II e IV
D - III e IV
E - IV e V
(UFU/MG) - Universidade Federal de Uberlândia
Questão 62:
A transferência da Corte portuguesa alterou o estatuto colonial brasileiro, com a adoção de inúmeras medidas, entre elas a assinatura da Carta Régia de 1808, que permitia a abertura dos portos brasileiros para o exterior. Essa abertura dos portos significou para o Brasil: A - a proibição de instalação de manufaturas que pudessem concorrer com os produtos ingleses;
B - a manutenção do Pacto Colonial, garantindo ao Brasil o estatuto de colônia portuguesa;
C - a penetração do Brasil no mercado internacional, como parceiro igual das grandes potências mundiais;
D - um passo no processo de emancipação política do Brasil e seu ingresso na órbita de influência britânica;
E - a afirmação da economia brasileira, que deixa de ser área de influência norte-americana.
(FATEC-SP) - Faculdade de Tecnologia de São Paulo
Questão 63:
Apesar da liberdade para a instalação de indústrias manufatureiras no Brasil, decretada por D. João, através do alvará datado de 1º de abril de 1808, estas não se desenvolveram.
Isto se deveu, entre outras razões, à: A - impossibilidade de competir com produtos manufaturados provenientes dos Estados Unidos, que dominavam o mercado consumidor interno;
B - impossibilidade de escoamento da produção da Colônia, uma vez que Portugal, intermediário entre a Colônia e a Europa, estava ocupado pelos franceses;
C - canalização de todos os recursos para lucrativa lavoura cafeeira, não havendo, por parte dos latifundiários, interesse em investir na indústria;
D - concorrência dos produtos ingleses, que gozavam de privilégios especiais no mercado brasileiro;
E - dificuldade de obtenção de matéria-prima (algodão) na Europa, aliada à impossibilidade de produzi-la no Brasil.
(CEFET/PR) - Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná
Questão 64:
Os Tratados de “Comércio e Navegação” e de “Aliança e Amizade”, assinados pelo Príncipe Regente D. João no Brasil, foram inequivocamente favoráveis: A - a Portugal;
B - à França;
C - à Espanha;
D - à Inglaterra;
E - à Alemanha.
(FGV/RJ) - Fundação Getúlio Vargas Rio
Questão 65:
A vinda da Família Real ao Brasil está diretamente ligada ao seguinte episódio: A - a adesão portuguesa ao Bloqueio Continental decretado por Napoleão;
B - o desafio de Portugal ao decreto napoleônico do Bloqueio Continental e sua aliança com a Inglaterra;
C - a habilidade diplomática de D. João que fez aliança com a França e Inglaterra para sair da Europa em guerra;
D - o apoio português às tropas franco-hispânicas para evitar as guerras de independência na América;
E - a articulação entre os fazendeiros de café do Vale do Paraíba e as Cortes portuguesas para a independência do Brasil.
(UFC) - Universidade Federal do Ceará
Questão 66:
A respeito da Independência do Brasil é correto afirmar que:
A - implicou em transformações radicais da estrutura produtiva e da ordem social, sob o regime monárquico;
B - significou a instauração do sistema republicano de governo, como o dos outros países da América Latina;
C - trouxe consigo o fim do escravismo e a implementação do trabalho livre como única forma de trabalho e o fim do domínio metropolitano;
D - implicou em autonomia política e em reformas moderadas na ordem social decorrentes do novo status político;
E - decorreu da luta palaciana entre João VI, Carlota Joaquina e Pedro I, que teve como consequência imediata a abertura dos portos.
(UFF/RJ) - Universidade Federal Fluminense
Questão 67:
A preocupação (...) justificada de nossos historiadores em integrar o processo de emancipação política com as pressões do cenário internacional envolve alguns inconvenientes ao vincular demais os acontecimentos da época a um plano muito geral, (...) deixando em esquecimento o processo interno de ajustamento às mesmas pressões que é o de (...) interiorização da metrópole no Centro-Sul da Colônia.
(DIAS, Maria Odila Silva. A interiorização da Metrópole. In: MOTA, Carlos Guilherme. 1822: dimensões. São Paulo: Perspectiva, 1972. p. 165.)
A citação anterior indica uma outra dimensão da análise do processo de Emancipação Política do Brasil e sua interpretação sugere:
A - a necessidade de associar-se o enraizamento dos interesses portugueses no Centro-Sul ao processo de emancipação política pouco traumática;
B - a valorização da reação conservadora na Europa como determinante da independência política do Brasil;
C - a necessidade de atribuir-se relevância ao papel definitivo do sentimento de formação da nacionalidade brasileira em nossa emancipação política;
D - a valorização dos elementos de ruptura presentes no processo de emancipação política, em detrimento dos elementos de continuidade;
E - a necessidade de enfatizar-se o estudo das ideias de Rousseau e demais enciclopedistas para se compreender a independência política do Brasil.
(PUC-SP) - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
Questão 68:
Entre os eventos que antecederam a independência política do Brasil e propuseram ou criaram condições para a autonomia, podem-se mencionar:
A - as iniciativas da Coroa portuguesa no Brasil, no início do século XIX, como a permissão ao comércio internacional sem mediação da Metrópole e a criação de sistema bancário oficial;
B - as revoltas ocorridas na região das Minas Gerais, no decorrer do século XVIII, com características e projetos, em todos os casos, emancipacionistas e propositores de um Estado Brasileiro autônomo;
C - as mudanças ocorridas no cenário europeu, entre o final do século XVIII e o início do XIX, com a ascensão de Napoleão ao trono francês e a conquista, por suas tropas, de toda a Europa Ocidental e de suas possessões coloniais;
D - as ações de grupos de comerciantes da Colônia, desde o início do século XIX, desejosos de ampliar sua independência comercial e de estabelecer vínculos diretos com países do Ocidente europeu e do Extremo Oriente;
E - as vitórias, no século XVIII, das lutas pela independência nas regiões de colonização espanhola, francesa e inglesa das Américas, gerando um conjunto de impérios autonômos, possíveis parceiros comerciais para o Brasil.
(PUC-MG) - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
Questão 69:
O processo de independência do Brasil foi feito por um grupo restrito, sobre o qual se pode afirmar que, exceto:
A - defendia a manutenção da grande propriedade e da escravidão garantindo seu domínio econômico e político;
B - era composto por grandes proprietários de terras e comerciantes opositores das pretensões recolonizadoras portuguesas;
C - esteve representado na Constituinte defendendo uma monarquia constitucional que estabelecesse limites ao poder do monarca;
D - desejava significativas alterações na estrutura socioeconômica do País forçando a convocação da Assembleia Constituinte.
(CESGRANRIO/RJ) - Fundação CESGRANRIO
Questão 71:
"As ruas estão, em geral, repletas de mercadorias inglesas. A cada porta, as palavras Superfi no de Londres saltam aos olhos: algodão estampado, panos largos, louça de barro, mas, acima de tudo, ferragens de Birminghan, podem-se obter um pouco mais caro do que em nossa terra nas lojas do Brasil, além de sedas, crepes e outros artigos da China."
(GRAHAM, Mary. Diário de Uma Viagem ao Brasil, in Campos, Raymundo. História do Brasil. São Paulo: Atual, 1991, 2.ª ed. p. 98)
Esta descrição das lojas do Rio de Janeiro, feita por uma inglesa que estava no Brasil em 1821, justifica-se historicamente pelo(a):
A - Tratado de Maastricht;
B - Tratado de Comércio e navegação;
C - Tratado de Fontainebleau;
D - Bloqueio Continental;
E - criação do NAFTA e da ALCA.
(UFRGS) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Questão 72:
Embora a independência política do Brasil tenha sido declarada somente em 1822, o início do processo de emancipação pode ser relacionado com uma conjuntura anterior, na qual um acontecimento de grande impacto desencadeou as mudanças que levaram à separação entre o Brasil e Portugal. Esse fato, que assinalou o final efetivo da situação colonial, foi:
A - a Inconfidência Mineira, ocorrida em 1789, que introduziu no Brasil as ideias iluministas e republicanas, minando a monarquia portuguesa;
B - a Inconfidência Baiana, ocorrida em 1798, que introduziu no Brasil as ideias jacobinas e revolucionárias, levando ao fim do domínio lusitano;
C - a transferência da Corte para o Brasil em 1808, que significou a presença do aparato estatal metropolitano na Colônia, a qual passou a ser a sede da monarquia portuguesa;
D - a Revolução Pernambucana de 1817, que trouxe para o cenário político brasileiro o ideário maçônico e republicano;
E - a convocação das cortes de Lisboa em 1820, que exigiram o retorno de Dom João para Portugal e a recolonização do Brasil.
(ESPM/RJ) - Escola Superior de Propaganda e Marketing do Rio de Janeiro
Questão 73:
Quando se estabelece uma comparação entre monarquia brasileira e os períodos coloniais e republicanos, imediatamente anteriores e posteriores, é relevante mencionar que: A - a grande marca da monarquia foi a liquidação da grande propriedade que predomina nos outros períodos;
B - coube à República e ao Período Colonial apresentar diferenças, como o trabalho imigrante e o escravismo, que o Império não conheceu;
C - a monarquia fez predominar uma tendência centralizadora muito contrária ao federalismo da República e à subordinação da Colônia;
D - o Período Colonial e também a Primeira República fizeram valer apenas a autoridade nacional, enquanto, no Império, os governos provinciais eram escolhidos por eleições locais;
E - enquanto Colônia e República apresentaram, com destaque, economias voltadas para a exportação, em todo o Império predominou a atividade introvertida.
(FATEC-SP) - Faculdade de Tecnologia de São Paulo
Questão 74:
Tem sido apontado, como preparatório para a nossa independência, o período em que, devido à inversão metropolitana entre Portugal e Brasil (1808-1821), D. João tomou a iniciativa de algumas medidas econômicas, políticas e culturais.
Assinale a alternativa que NÃO se aplica ao período citado: A - O Tratado de Aliança e Amizade, assinado com a Inglaterra, em 1810, tinha uma cláusula que afetava diretamente a economia brasileira, pois determinava a gradual extinção do tráfico negreiro para o Brasil.
B - Ocorreu a abertura dos portos brasileiros às nações amigas, de acordo com os interesses da aristocracia rural brasileira e dos negociantes ingleses, aos quais não convinha mais o monopólio português sobre o comércio do Brasil.
C - O Alvará de Liberdade Industrial não surtiu efeitos esperados, porque, apesar dos incentivos às indústrias têxtil e metalúrgica, no Brasil, qualquer possibilidade de desenvolvimento esbarrava nos privilégios concedidos à burguesia inglesa.
D - Esse período começou com o reconhecimento oficial do fato de não sermos mais colônia; assim, por iniciativa exclusiva de D. João, o Brasil foi elevado à categoria de Reino Unido a Portugal e Algarves, depois do Congresso de Viena.
E - O período foi marcado pela crescente intervenção da Inglaterra que, com o intuito de obter novos mercados consumidores para seus produtos industriais, passaria a incentivar movimentos de independência sul-americanos, entre eles, o do Brasil.
(FGV/RJ) - Fundação Getúlio Vargas Rio
Questão 75:
Ao proclamarem a sua independência, as colônias espanholas da América optaram pelo regime republicano, seguindo o modelo norte-americano.
O Brasil optou pelo regime monárquico: A - pela grande popularidade desse sistema de governo entre os brasileiros;
B - porque a república traria forçosamente a abolição da escravidão, como ocorrera quando da proclamação da independência dos Estados Unidos;
C - como conseqüência do processo político desencadeado pela instalação da corte portuguesa na colônia;
D - pelo fascínio que a pompa e o luxo da corte monárquica exerciam sobre os colonos;
E - em oposição ao regime republicano português implantado pelas Cortes.
(FGV/RJ) - Fundação Getúlio Vargas Rio
Questão 76:
Marque a alternativa correta:
I. A política de recolonização proposta pelas cortes portuguesas foi um dos fatores que levaram à proclamação da Independência.
II. As rebeliões ocorridas durante o período regencial permitiram que as camadas mais pobres da população tivessem representação e participação política junto às instituições imperiais.
III. A abdicação de D. Pedro I significou a vitória dos liberais e a consolidação do poder da aristocracia rural.
A - se todas as proposições forem verdadeiras;
B - se apenas forem verdadeiras as proposições I e II;
C - se apenas forem verdadeiras as proposições I e III;
D - se apenas forem verdadeiras as proposições II e III;
E - se todas as proposições forem falsas.
(UCPEL/RS) - Universidade Católica de Pelotas
Questão 77:
Para reconhecer a independência do Brasil, o governo inglês exigiu: A - o pagamento de dois milhões de libras esterlinas;
B - a renovação do Tratado de Comércio de 1810;
C - a promessa de não se atacar em colônias inglesas;
D - a abolição da escravidão;
E - a permissão de implantação de empresas multinacionais de exploração de petróleo.
(CEFET/PR) - Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná
Questão 78:
Das 18 províncias que o Brasil tinha na época da Independência política, muitas eram governadas por portugueses que não aceitaram a separação de Portugal. A maior resistência portuguesa, na Guerra da Independência, foi encontrada na Província de: A - Minas Gerais;
B - Rio de Janeiro;
C - Bahia;
D - Pernambuco;
E - Maranhão.
(UFSC/SC) - Universidade Federal de Santa Catarina
Questão 79:
O movimento em favor da emancipação política no Brasil, em 1822, ocorreu, fundamentalmente, devido:
A - às manifestações da Igreja em prol da Independência;
B - à volta de D. João VI para Portugal;
C - aos ideais de emancipação da revolução do Porto;
D - às tentativas de recolonização por parte de Portugal;
E - à influência dos comerciantes de escravos.
GABARITO:
Questão 1: A
Questão 2: A
Questão 3: C
Questão 4: C
Questão 5: D
Questão 6: C
Questão 7: B
Questão 8: D
Questão 9: A
Questão 10: E
Questão 11: B
Questão 12: D
Questão 13: C
Questão 14: A
Questão 15: C
Questão 16: C
Questão 17: D
Questão 18: A
Questão 19: C
Questão 20: D
Questão 21: E
Questão 22: A
Questão 23: D
Questão 24: E
Questão 25: C
Questão 26: B
Questão 27: E
Questão 28: B
Questão 29: C
Questão 30: C
Questão 31: B
Questão 32: A
Questão 33: B
Questão 34: B
Questão 35: D
Questão 36: D
Questão 37: B
Questão 38: C
Questão 39: C
Questão 40: C
Questão 41: D
Questão 42: C
Questão 43: C
Questão 44: B
Questão 45: E
Questão 46: D
Questão 47: B
Questão 48: A
Questão 49: D
Questão 50: C
Questão 51: C
Questão 52: B
Questão 53: D
Questão 54: D
Questão 55: D
Questão 56: E
Questão 57: C
Questão 58: A
Questão 59: C
Questão 60: D
Questão 61: C
Questão 62: D
Questão 63: D
Questão 64: D
Questão 65: B
Questão 66: D
Questão 67: D
Questão 68: A
Questão 69: D
Questão 70: D
Questão 71: B
Questão 72: C
Questão 73: C
Questão 74: D
Questão 75: C
Questão 76: C
Questão 77: B
Questão 78: C
Questão 79: D
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