Para iniciar, é importante estabelecermos uma diferença básica entre Jesus e o Sr. Silas: Jesus sempre foi doce com os pecadores e duro com os religiosos. Não é o que vemos no Sr. Silas, um homem duro com os pecadores e talvez seja bastante doce com os religiosos.
Em segundo lugar, o pecado existe, e ele ocorre sempre que erramos o alvo, e o alvo é Jesus. Pecamos quando não amamos os outros ou quando não nos amamos. Por isso, não há pecados mais graves e outros menos graves.
O Antigo Testamento, base das declarações do Sr. Silas, deveria ser considerado pelos cristãos um livro de história e de profecias, não um tratado teológico ou de princípios morais. Por isso, é facilmente desmontado do ponto de vista doutrinário. É a história do povo escolhido por Deus, mas ainda assim, um livro de história sobre uma aliança com um povo específico, que anuncia uma aliança mais ampla com a humanidade. Dessa forma, procurar doutrina teológica no Antigo Testamento é um grande erro se você não é um judeu ortodoxo.
Jesus nasceu para celebrar uma nova aliança (Novo Testamento) de amor com a humanidade baseada na sua morte e ressurreição para nos livrar para sempre dos nossos pecados. Por isso, até o cristão deve ter cuidado ao buscar preceitos morais no Novo Testamento, pois, em uma passagem, por exemplo, Paulo recomenda que as mulheres se calem na igreja, e em outra que usem véu sobre a cabeça.
Jesus não nos chamou para a conversão para a imposição de regras sobre os nossos irmãos ou sobre aqueles que queremos trazer para junto do amor de Deus. A única forma de levar alguém para o amor de Deus é se formos juntos.
Quanto ao pecado, permitamos que o Espírito Santo faça o seu trabalho de orientação e de esclarecimento em cada um de nós. A nós só cabe o amor, que não admite dividir espaço com a hipocrisia.
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