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UFMS aceita proposta do MEC e troca vestibular por Enem



UFMS aceita proposta do MEC e troca vestibular por Enem
Quinta-feira, 07 de Maio de 2009 16:52
Danúbia Burema
Marcos Vaz/UFMS
Reitoria convocou a imprensa nesta tarde para comunicar a substituição do vestibular pelo Enem
A UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) aceitou a proposta do MEC (Ministério da Educação) de unificar o processo de seleção para ingresso de alunos. A decisão que substitui o vestibular pelo Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) foi tomada nesta manhã, com unanimidade de votos pelo Conselho Universitário da instituição.

Com a adesão ao programa nacional, a partir do ano que vem, a UFMS já não irá mais realizar vestibular, que será substituído pela prova elaborada pelo MEC. Apenas os exames agendados para esse ano serão realizados, mas com alterações.

Em entrevista convocada pela reitoria para comunicar o assunto à imprensa, o pró-reitor de graduação da universidade, Leandro Sauer, explica que o Ministério da Educação ofereceu duas opções para instituições de ensino superior que desejassem aderir à proposta de unificação.

A primeira delas é a de adesão integral, que será feita pela UFMS já no próximo ano, com validade para o vestibular de 2011. Desta forma, os candidatos à universidade serão submetidos apenas ao Enem, sem passar pelo vestibular da instituição. Apenas as provas de habilidades específicas serão mantidas.

Mas, segundo a reitora da universidade, Célia Maria da Silva Oliveira, já se estuda a possibilidade de que essas provas específicas sejam feitas antes da realização do Enem.

A segunda proposta do MEC para as universidades, explica Sauer, é a adesão parcial ao vestibular unificado. Essa medida será adotada pela UFMS para o vestibular de verão deste ano.

Na ocasião, os candidatos serão submetidos ao Enem como primeira fase do processo seletivo. Além disso, farão o vestibular da universidade, cujas disciplinas cobradas serão definidas por cada curso, como segunda fase.

O vestibular de inverno deste ano ainda será realizado sem alterações. A primeira fase da prova conta com 42 questões de conhecimento gerais, divididas em sete disciplinas.

Já a segunda fase é composta por questões de conhecimentos específicos, de acordo com a área escolhida pelo candidato. Mas, a partir do ano que vem esse processo seletivo feito na metade do ano letivo deixa de ser realizado.

Unificação - A UFMS defende que a proposta serve para 'democratizar' o acesso dos estudantes do ensino médio do País ao ensino superior, por meio de uma prova padronizada.

A substituição dos atuais vestibulares pelo Enem faz com que os candidatos de todas as regiões do País tenham acesso às vagas disponibilizadas pelas universidades federais por meio de uma prova unificada, em detrimento das distintas provas existentes.

"Essa transição do ensino médio para o superior é muito traumática no país", observa a reitora da UFMS. Ela ressalta que da forma como tem sido realizado, o exame vestibular privilegia a memorização.

Já o Enem seria uma forma de incentivar a formação dos alunos. "O Enem vai pautar o ensino médio", garante a reitora Célia Maria.

Desigualdade - O pró-reitor de graduação da UFMS admite a possibilidade de que a substituição do vestibular pelo Enem permita que alunos de outros estados, mais bem preparados, ocupem vagas que deveriam ser preenchidas por estudantes sul-mato-grossenses.

Mas, ressalta que a UFMS é uma instituição que deve atender a estudantes de todas as regiões do Brasil. "A universidade federal não foi criada para atender a demanda local", ressalta.

Ele afirma, ainda, que não é possível mensurar esse tipo de efeito negativo antes que a unificação seja aplicada.

E defende que a medida é uma maneira de fazer com que as vagas das universidades federais sejam disponibilizadas de forma igualitária para todos os estudantes brasileiros.

Como funciona - O estudante de ensino médio que quiser ingressar em uma universidade federal deverá realizar o Enem, mas não será submetido a vestibular.

Na hora de fazer o cadastro para o exame, ele deve escolher cinco opções de curso em cinco instituições. As vagas nas instituições darão prioridade para os alunos que escolheram o curso como primeira opção, e que obtiveram melhor pontuação no Enem.

Caso o candidato não consiga se encaixar em sua primeira opção de vaga, ele continua concorrendo até a quinta opção escolhida, de acordo com sua pontuação.

A chance de, mesmo não ingressando em determinada universidade, conseguir com o mesmo exame ser inserido em outra, não existia com os atuais vestibulares.

Resposta - O dia 20 de maio foi o prazo dado pelo Mec para que as universidades federais sinalizem sua adesão integral ou parcial ao vestibular unificado.

Contudo, qualquer que seja a resposta das instituições, lembra o pró-reitor de graduação da UFMS, Leandro Sauer, sua autonomia sobre o processo seletivo será mantida, e elas poderão retornar ao processo seletivo feito por meio do vestibular quando quiserem.
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